Colocar Mato Grosso na direção do aproveitamento total dos resíduos da indústria madeireira (que hoje o empresário deixa de ganhar economicamente e também possibilitar as empresas se adequarem a Política Nacional de Resíduos Sólidos - PNRS). Este é o objetivo do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem) com a promoção do Workshop “Resíduos de Madeira – Um grande negócio”, que acontece desde a manhã desta segunda-feira (3.06) e vai até o fim da tarde na sede da Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt). O evento também tem a co-realização do Simno, Sindusmad, Simenorte, Simava, Simas, Sindiflora, Sindinorte e Sindilam.
O deputado estadual José Riva (PSD) este presente ao evento e disse que a Assembleia Legislativa está atenta às demandas do setor. “Mudanças para incrementar o segmento são solicitações feitas há muito tempo e os parlamentares estão atentos assim como os empresários para melhorias. É o caso da utilização do CAR (Cadastro Ambiental Rural) ao invés da LAU (Licença Ambiental Única), uma vez que o primeiro é muito mais restritivo e mais rápido para o andamento dos trabalhos da indústria madeireira”, lembrou.
Já o secretário de Estado de Meio Ambiente, José Lacerda, que também participou do evento, salientou que é preciso esse movimento do setor no sentido de buscar esse aproveitamento uma vez que a PNRS é muito importante porque dá um aproveitamento melhor para a atividade econômica regularizando o tripé ambiental, econômico e social.
O presidente da Câmara Temática de Inovação e Tecnologia do Cipem e também do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Médio Norte de Mato Grosso (Sindinorte), Claudinei Freitas, explica que urge para o setor não só o atendimento da Instrução Normativa 01 do Ibama sobre a questão da destinação dos resíduos de madeira, mas também que o empresariado se atente a pedir aos órgãos governamentais, como a Assembleia Legislativa, a mudança nas taxas de tributos praticados que, hoje, são elevadas e, assim, acabam por barrar o avanço do tratamento dos resíduos. “É preciso que o governo entenda que esta biomassa tem alto potencial econômico além de ambiental e social. Por isso é necessário incentivo a esta prática”, salientou.
O presidente da Fiemt, Edgar Teodoro Borges, acrescentou que, quando se fala em processamento de madeira se esquece dos resíduos e hoje não se pode mais menosprezar esse material por conta da questão da sustentabilidade que transforma o que antes era problema, em solução rentável. Para ele o Cipem teve uma ótima iniciativa com o evento porque demonstra que o empresariado não está parado esperando soluções e sim indo atrás de tecnologias para implantar em seus negócios e o leque de oportunidades para o resíduo que o workshop apresenta hoje, é prova disso.