Sílvio Dalmolin, da Base Sólida Energia apresentou, dentro do workshop “Resíduos de Madeira – Um grande negócio”, que acontece nesta segunda-feira (3.06) durante todo o dia, na sede da Fiemt, o painel ‘Termoelétricas uma opção rentável para uso do resíduo’. O evento é promovido pelo Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem) com apoio da Fiemt e co-realização do: Simno, Sindusmad, Simenorte, Simava, Simas, Sindiflora, Sindinorte e Sindilam.
Conforme Dalmolin, quando se fala em geração de energia com resíduos de madeira se pensa logo em caldeiras para queima controlada (ciclo de energia pura) mas também é muito utilizada a de co-geração, que produz simultaneamente energias térmica e elétrica. A energia madeireira, apontou o palestrante, tem característica peculiar porque usa diversos motores. Uma serraria de porte pequeno para médio, por exemplo, pode utilizar cerca de 100 kw.
Ele apontou ainda que está para ser lançado nos próximos meses uma máquina de 312 kw que abastece até três serrarias que será compatível com a potência e o valor de custo de menos de duas toneladas por hora/resíduos e 500 quilos/hora em potência máxima. Esta máquina custa R$ 450 mil e o retorno do investimento fica entre 3 e 4 anos, salientando que com a autogeração o retorno é mais rápido e para venda mais demorado. “Se o empresário optar por utilizar o Financiamento de Máquinas e Equipamentos (Finame), que tem carência de um ano, ele, de fato, só começa a pagar o financiamento após esse prazo e ganha tempo”, disse Dalmolin.
Além desta o palestrante apresentou outras variedades de máquinas com preços variados que podem gerar ainda mais energia para empresas em conjunto. Outra vantagem, de acordo com o palestrante, é que, com a geração de energia, além de atender a Política Nacional de Resíduos Sólidos o empresário também ajuda a diminuir o lançamento de gases de efeito estufa que são liberados com o apodrecimento de resíduos sem destinação. Lembrou ainda que o pó de serra é bem mais seco do que a lenha, sendo, portanto, um bem de mais alto valor calorífico e, consequentemente, de maior energia. Ou seja, o investimento em termoelétrica vale muito à pena para o empresário.
O diretor executivo do Cipem, Álvaro Leite, alertou os participantes que o segmento está sendo induzido a usar a geração de energia porque, senão, fica inviável produzir e vender madeira. “Se não cuidarmos dos resíduos, em 2014 o Ibama já estará fazendo a checagem dos pátios e isso pode até paralisar a atividade. Por isso estamos apresentando opções para garantirmos nossa atividade principal que é produzir e vender madeira”.