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Setor madeireiro com frete mais caro do mundo

Data: Quinta-feira, 27/06/2013 13:35
Fonte: Rita Anibal/Da Redação

"Como se não bastasse a altíssima carga tributária, ainda temos de sofrer com falta de estradas", assim desabafa Roberto Rios Lima, presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras e Moveleiros do Noroeste de Mato Grosso (Simno).

Lima contesta a forma com que o governo trata a região noroeste do estado: "Há anos, na época das chuvas, não se consegue andar nas estradas e ficamos abandonados; na época da seca, o governo passa uma 'patrola', joga uns cascalhos e acha que está tudo bem". O presidente está apreensivo de como será o ano de 2014, caso providências não sejam tomadas no setor de transporte.

Valdinei Bento dos Santos, diretor executivo da Simno, faz reclamação idêntica à da Famato: "Para transportar madeira aqui da região ao porto de Paranaguá (PR), gastamos cerca de 200 dólares por tonelada [hoje, cerca de R$430,00]. É o frete mais caro do mundo!", diz indignado.

Em um caminhão simples, trucado, cabe cerca de 30 m³ de madeira e "paga-se de 200 a 300 reais por caminhão, só de Fethab", explica o diretor. O madeireiro ainda relata que o preço sobe caso transportem madeira em lâmina, pois aumenta a capacidade do volume de madeira no caminhão e, aí, o Fethab aumenta "para mais de 400 reais". Santos diz também que a taxa do Fethab subiu recentemente de R$ 9,00 para R$ 11,04 - um aumento de 22,22% e que não há retomo nenhum da cobrança do tributo.

O Simno, juntamente com o Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem), promove Caravanas de Inovação por todo o estado para ouvir os madeireiros, e a reclamação é geral: "Queremos estradas!". Além desse tributo [Fethab], o diretor reclama que a pauta fiscal de Mato Grosso é a maior do Brasil e que está levando o setor a uma desvantagem produtiva.