Um grupo de empresários do setor de base florestal de Juína visitou na manhã dessa terça-feira (21), uma área, distante cerca de 10 km do centro da cidade, onde atualmente há uma cascalheira e que poderá ser doada pelo Prefeito Hermes Bergamim (PMDB) para o armazenamento dos resíduos das indústrias madeireiras, como o pó de serra, lenha, maravalha e outros.
O Presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras e Moveleiras do Noroeste de Mato Grosso (Simno), Roberto Rios, acompanhou a comitiva e disse que 80% dos empresários que lá estiveram gostaram da área, entretanto, haverá outros locais a serem verificados.
A visita ocorreu após uma reunião entre os empresários e vereadores na Câmara Municipal. "Nós fomos cobrar mais uma vez um terreno para colocar todo o resíduo que acaba sujando a cidade sendo jogado em terrenos baldios. Já se passou um ano e ontem o prefeito nos falou dessa cascalheira onde está finalizando a coleta do cascalho", informou Rios.
Ele destaca que o local visitado é apropriado para o armazenamento, basta colocar uma guarita para controle, uma caixa d'água e alguém que possa residir no local para cuidar. "No futuro estando todo esse resíduo reunido em um só local e havendo o interesse de alguma termelétrica se instalar em Juína ou nós mesmos poderemos montar uma para a geração de energia em nosso município", comenta.
A distância é um fator negativo a ser considerado, porém, o presidente do Simno enfatizou que uma parceria entre o setor privado com o público poderá contribuir, já que os caminhões da prefeitura poderão ir até o local carregados de resíduos e voltarem com cascalho até acabar a extração do material. "Isso é uma ideia que vamos propor para o prefeito", colocou.
O Presidente da Câmara de Vereadores, Paulo Roberto Tiepo (PSD), acompanhou a comitiva de empresários, juntamente com os vereadores Irmão Wilson Aparecido de Souza (PSD), Geraldo Antonio Ferreira (PR) e Ailton Barbosa (PR), e ressaltou que a parceria do setor público com o privado é necessária para a solução desse problema, que é a destinação correta dos resíduos das madeireiras.
"Isso já deveria ter acontecido, estamos acompanhando os empresários e o que o Simno precisar da câmara municipal nós estamos a disposição para ajudar no destino desse lixo, que na verdade é uma matéria prima de excelente qualidade para ser usado em uma termelétrica, por exemplo", frisou.
O Empresário Geraldo Bento, Presidente do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira de Mato Grosso (Cipem) e do Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal, classifica como importante a iniciativa, já que o setor carece de um local apropriado para o armazenamento dos resíduos.
"O nosso setor da indústria está bastante decadente com referência a um local para se colocar esses resíduos, precisamos urgente desse local adequado já que há uma lei ambiental que regula a destinação e controle dos resíduos e temos que cumprir, mas se não tivermos um local adequado fica difícil cumprir a lei", disse.
O Presidente do Cipem destacou ainda que o maior problema com a destinação desses resíduos se encontra na região noroeste do estado onde a infraestrutura modal é muito cara para se enviar esses produtos para outros centros. No médio norte e norte as indústrias já estão distribuindo e vendendo bem esse produto.
O Empresário Romildo Jacinto Almeida fez parte da comitiva. Ele aguarda a muitos anos um local apropriado para depositar os resíduos sólidos gerados em sua indústria. Em entrevista, Almeida gostou da área e destacou que o local está pronto para receber os materiais. "Até que enfim está aparecendo a solução, o local é excelente para depositarmos esse resíduo que não polui, com o tempo virará pó e terra mesmo", finalizou.