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Simno participa de evento que discute soluções para os resíduos sólidos florestais

Data: Quarta-feira, 20/06/2012 15:37
Fonte: Assessoria do SIMNO com CIPEM

O evento denominado de café da manhã ‘Diálogo e Inovação’, apresentou na última segunda-feira (18.06) pesquisas sobre utilização dos resíduos sólidos florestais para as indústrias de Mato Grosso. O evento foi realizado pelo Conselho de Inovação Tecnológica e Federação das Indústrias no Estado de MT (Fiemt) em parceria com o Escritório de Inovação Tecnológica da Universidade Federal de Mato Grosso, Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira de Mato Grosso (Cipem) e Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal.

Questões como políticas públicas de incentivo às pesquisas de destinação desses resíduos, experimentos, mercado consumidor, logística e realidade do setor foram debatidos no evento.

O professor doutor do curso de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Mato Grosso, José Eduardo Penna, apresentou os métodos da experiência feita com resíduos da madeira como a serragem, casca de arroz e casca de coco para a fabricação de compensado e aglomerado, produto inovador e economicamente viável.

“Nosso experimento foi feito no laboratório do Senai, precisamos de mais laboratórios para serem colocados em prática essas e tantas outras pesquisas para o setor industrial,” disse o professor Penna.

Roberto Rios, presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras e Moveleiras do Noroeste de Mato Grosso (Simno), sugeriu que os pesquisadores presentes estudassem o pó de serra, resíduo madeireiro, para criação de adubos a serem aplicados nas pastagens e agricultura nos municípios vizinhos ao sindicato.

“Estamos distantes dos grandes polos e indústrias. A falta de incentivo do governo e a logística desse produto faz com que fiquem estocados, perdendo valor, dentro das madeireiras. Não podemos esperar que essa tecnologia venha de fora, se temos pesquisadores e o produto podemos desenvolver essas inovações para o setor industrial aqui mesmo ”,afirmou o presidente.

Atualmente Juína possui aproximadamente 75 indústrias madeireiras e moveleiras em plena atividade. A quantidade estimada de resíduo resultante da produção dessas indústrias equivale a 6,5 mil m³, que deve ser processado e consequentemente, tornar mais uma fonte de renda para o município promovendo o equilíbrio entre produção sustentável e preservação ambiental.

Com o crescente aumento do agronegócio na região, uma das opções para agregar valor ao resíduo, seria, por exemplo, transformar em adubo/substrato para as pastagens. O Simno além de apoiar a ideia, disponibiliza as indústrias filiadas para pesquisas.

Para a professora doutora da UFMT, Zaíra M. Mendoza esse primeiro encontro foi importante para fortalecer as ideias e colocá-las em prática. “Vejo que esse debate foi promissor, ver a participação e ouvir as necessidades do setor madeireiro é fundamental para aprimorar nossas pesquisas” finalizou Zaíra.

Participaram do café da manhã ‘Diálogo e Inovação’ pesquisadores de Economia, Engenharia Sanitária, Civil, Florestal, diretores do Cipem e membros de sindicatos madeireiros.