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Ibama se aproxima de base florestal com palestra sobre mudanças ocorridas no CTF

Data: Quinta-feira, 26/06/2014 19:10
Fonte: Assessoria do SIMNO

Empresários do segmento de madeira e móveis, gerentes e assistentes administrativos, contabilistas, engenheiros florestais e acadêmicos de cursos de agronegócios tiveram, no último dia 25.06, a oportunidade de se atualizarem quanto ao Cadastro Técnico Federal (CTF). Dois técnicos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), estiveram em Juína com esse objetivo. O chamado ‘Plantão Itinerante do Ibama Cuiabá’ aconteceu no auditório do Sindicato das Indústrias Madeireiras e Moveleiras do Noroeste de Mato Grosso (Simno), com a participação de mais de 40 pessoas de toda a região noroeste.

A Analista Ambiental do Ibama, Cibele Madalena Xavier Ribeiro, apresentou aos participantes informações relevantes com relação às mudanças que ocorreram na página do órgão, como alterações normativas e como proceder na auditoria e vistoria dos empreendimentos.

"Pra gente é importante informar pra depois começar as cobranças necessárias. Mas,  essencialmente é mudar também o foco do usuário para que ele deixe de nos procurar nas unidades e possa ter informações diretas no site, evitando uma ida desnecessária no Ibama, como para a recuperação de senha, que pode ser feita pela internet. É um ganho de qualidade ambiental", disse.

Com relação às mudanças, Cibele explicou que, de 2013 para cá, o Ibama promoveu três alterações impactantes (Instruções Normativas) como o processo de recadastramento de todos os usuários. "A partir de agora começará o processo de visita, auditoria de informações e cobrança dos responsáveis técnicos. Por isso que esse grupo está participando da palestra".

As atualizações no CTF valem para todas as empresas que fazem atividades potencialmente poluidoras, inclusive físicas, e obrigatoriamente devem passar pelo recadastramento, como indústrias madeireiras, produtores rurais, empresários que vendem defensivos agrícolas, dentre outros. Existem sanções para os que não se atualizarem.

"As dúvidas principais que os usuários possuem estão relacionadas ao preenchimento de formulários, já que a página mudou, entrega de relatórios e também como acessar a página, como se cadastrar, porte de empresa. A gente está fazendo um trabalho de aproximação com o usuário".

Para que esse trabalho de aproximação com o setor de base florestal ocorra, o Ibama conta com o apoio dos sindicatos, como o Simno, na região noroeste. "Essa parceria vem desde Cuiabá através do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem). Nós temos a sensibilização sim, de que a parceria pode acontecer desde que as indústrias venham para a base e forneçam informações verdadeiras. Ações mais duradouras devem ocorrer a partir de 2015 e 2016 com o cruzamento de dados junto à Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e as informações que as pessoas começarem a declarar e não tiverem de acordo com a vistoria", salientou Cibele.

O Gerente Regional do Ibama, Jhonny Alex, explicou que esta foi a primeira vez que viu o órgão se aproximando do usuário, explicando como funciona o sistema, de que forma utilizá-lo, das responsabilidade das informações prestadas e possíveis sanções no caso de informações equivocadas, erradas ou inseridas de forma proposital. "É preciso sempre prestar informações corretas de acordo com as normas", cobrou.

O Simno abriu as portas ao Ibama para que a palestra ocorresse. O presidente do Simno, Roberto Rios, enfatizou que essa parceria é muito importante. "Dessa vez o Ibama está fazendo a coisa correta, de maneira transparente e organizada, primeiro vem explicar, mostrar como fazer e depois pode cobrar".

Com relação às dificuldades com a atualização que o setor ainda enfrenta, Rios declarou que o maior gargalo do segmento é a destinação dos resíduos, muitos têm caldeira e destinam corretamente, mas outros não têm e é preciso dar destinação aos resíduos.

Wilcler Fábio Batistão, da empresa VJ Madeiras, de Brasnorte, foi um dos participantes. Ele informou que a palestra foi de grande valia para os que estão no dia-a-dia do setor florestal, quanto às mudanças no sistema do Ibama, que ocorreram de forma imediata no site. "As empresas acham difícil, mas estão vindo e se adaptando, vão sanar os problemas que estão sendo visualizados por nós usuários", avaliou.

O engenheiro florestal de Aripuanã, Guilherme Derré da Silva, também esteve presente e destacou que o Ibama passou por modificações no sistema e as empresas que utilizam muito o DOF e CCSEMA têm que estar com as informações em dia com o órgão. "Em 2013 houve um recadastramento e, agora, uma nova modificação nos relatórios que precisam ser apresentados ao Ibama. Acesso à internet, modificações no site e as novidades em geral têm trazido uma série de transtornos ao usuários que ainda não dominam o acesso ao sistema", disse.

Sione Mickel, da Ciclone Madeiras Juína, gostou das informações que foram repassadas pela palestrante Cibele.  "Haviam muitas dúvidas quanto ao sistema e a palestra foi uma forma de incentivar as pessoas a entrar no site, a se organizar e regularizar. No meu caso trabalho numa empresa privada, mas sabemos da necessidade de todas as pessoas físicas ou jurídicas que lidam com atividade potencialmente poluidoras se atualizarem".