Os grupos de trabalho instituídos pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) se reuniram nesta terça-feira (26.06) no auditório do órgão para apresentar as propostas, roteiros e responsabilidades técnicas para a reestruturação defendida pelo setor de base florestal do Estado.
Foram definidos setores específicos que buscam desenvolver o setor sem que haja tanta burocracia encontrada atualmente por falta de pessoal, estrutura e distribuição de tarefas aos servidores, reivindicações que tanto são cobradas pelos empresários que necessitam da revisão, autorização e liberação de projeto de manejo para exploração sustentável das florestas.
O órgão ambiental se depara com demandas de processos distintos de fauna, flora, recursos hídricos e outros, que causam morosidade e engessamento das atividades.
A superintendência de regularização ambiental apresentou sua responsabilidade em analisar os processos de manejo florestal, a tipologia da área explorada e mostrou os caminhos e andamentos com que passa esses processos.
Dentre as propostas apresentadas está a diminuição das páginas dos projetos de manejos, que atualmente chegam a 100 páginas, passariam a ter somente três páginas o que bastaria para conter informações específicas, de forma clara, simplificada e objetiva, demandando menos tempo de vistoria no órgão e agilizando as liberações para exploração.
Álvaro Leite, diretor executivo do Cipem e membro do grupo ‘superintendência de floresta’ afirma que os trabalhos estão encaminhando e as propostas de mudanças vão atender os anseios do setor.
“O Cipem vai continuar participativo nesse processo de estruturação do órgão, vamos cobrar as promessas e as decisões tomadas” explicou Álvaro.
Marcelo Ramos, representante do Ministério do Meio Ambiente, em visita a Cuiabá, participou do encontro dos grupos de trabalho e avalia o futuro do setor florestal.
“O setor de base florestal precisa adotar cada vez mais a sustentabilidade para ter futuro, o principal fator desse processo de desenvolvimento é aliar a exploração legal com a preservação, já que essa é sua matéria prima. Defendo que os órgãos devem privilegiar os empresários que trabalham na legalidade com o manejo sustentável e valorizar os que protegem o bem natural” disse Marcelo Ramos.
O secretário da Sema, Vicente falcão, avalia como positiva a parceria entre os órgãos e diz que somente através dessa união compartilhada é que se consegue resultados.
“Nestes grupos estão os melhores profissionais do órgão e a participação de outras empresas e entidades faz com que os debates e propostas sejam pertinentes ao que o setor deseja, por isso é muito importante a participação de todos” afirmou o secretário.
No encontro dos governos dos Estados que compõem a Amazônia, realizado no Rio+20, os governadores discutiram a proposta de criação do PAC-Amazônia (Programa de aceleração do crescimento) que tem como um dos objetivos instituir o PAC-florestal que desenvolveria o setor com incentivo do governo, forma essa que fomentaria a exploração legal e sustentável dos recursos naturais.
“Ficou definido uma reunião no mês de agosto com todos os governadores dos Estados Amazônicos, com a participação do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira de Mato Grosso (Cipem), que é principal representante do setor e está presente em todos os projetos e eventos, bem como a participação dos empresários e entidades que compõe as questões florestais no Estado. O objetivo é sair dessa reunião com um documento bem elaborado e definitivo para ser entregue ao governo federal”, explicou Vicente Falcão.