Na última Assembleia Geral Ordinária do Sindicato das Indústrias Madeireiras e Moveleiras do Noroeste de Mato Grosso (SIMNO), realizada na quinta-feira (05), empresários do setor reivindicaram a manutenção preventiva de um trecho da BR-174, que liga Juína/MT à Vilhena/RO.
A rodovia, uma das principais de acesso ao estado vizinho, é responsável por promover o desenvolvimento regional. Para sua manutenção e conservação, foram disponibilizados, através de licitação, recursos na ordem de R$ 16 milhões por parte do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).
A empresa contratada fez o levantamento da estrada, cascalhamento e abertura de alguns pontos, entretanto, não vem fazendo a conservação necessária nesse período chuvoso. A informação foi constatada por empresários que necessitam transitar constantemente por essa rodovia.
Alcides Sancheski Filho, popular Ziza, da SP Madeiras, é um desses empresários. À assessoria ele declarou que possui manejos ao longo desse trajeto e com o constante tráfego de caminhões nesse período de chuva prevê que a estrada poderá ficar intransitável se não for feita uma manutenção preventiva.
“Ainda estamos conseguindo trafegar, porém estou vendo várias dificuldades na manutenção dessa rodovia. A empreiteira levantou a pista e não vem dando a correta conservação que precisa ser feita. É necessário abrir desaguador e fazer as contenções para mantê-la, pois com certeza na próxima época de chuva vai ficar intransitável”, revelou.
Ele reivindica uma ação por parte das autoridades competentes. “Os órgãos têm que ver essa situação, porque, penso eu, que a empreiteira não está fazendo a manutenção correta”. Somado a isso está à cobrança ilegal de pedágio por parte de indígenas de duas etnias. São quatro cancelas no trecho, duas em cada sentido, que totalizam R$ 200 (duzentos reais) para os caminhões que precisam se deslocar até Vilhena/RO. “Isso é praticamente o que eu gasto com óleo diesel”, comentou.
Com relação à conservação da BR-174, a Assessoria de Imprensa do Simno procurou à empreiteira SCR Sinalização e Conservação de Rodovias LTDA, sediada em uma sala comercial localizada no bairro Módulo 5, em busca de informações de quando os trabalhos começarão.
Encontramos o local fechado, tentamos ligar para o telefone fixo da empreiteira, assim como o celular do encarregado, e nenhum foi atendido. Informações de vizinhos do local indicam que estão de recesso e ainda não retornaram.
Sobre a cobrança de pedágio, o Escritório Regional da Fundação Nacional do Índio (Funai), de Juína, alega que os indígenas cobram estudo de impacto ambiental sobre a estrada, que foi construída entre dois territórios indígenas, e que a União já foi comunicada do caso através do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Ministério da Justiça, Justiça Federal e Governo do Estado. Vários ofícios foram enviados aos órgãos e até o fechamento dessa matéria nenhuma solução foi apresentada.