O problema da falta de uma local adequado para armazenar os resíduos sólidos produzidos pelas indústrias de Juína está próximo de se resolver. Na manhã desta quarta-feira (03), o prefeito Hermes Bergamim (PSDB) se reuniu na sede do Sindicato das Indústrias Madeireiras e Moveleiras do Noroeste de Mato Grosso (Simno) com os empresários do setor de base florestal para discutir a questão.
Na reunião, que contou também com a presença da vereadora Ivani Cardoso Dalla Valle (PSB), atual presidente da Câmara de Vereadores, do empresário Geraldo Bento, presidente do Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal e Hilton Campos, ex-prefeito de Juína, o prefeito Bergamim prometeu doar uma área de 5 alqueires localizadas às margens da MT-170 onde atualmente funciona o depósito de embalagens vazias de agrotóxicos, próximo ao frigorífico JBS.
O local atende inicialmente a demanda do setor de base florestal, uma vez que as Leis ambientais regulam que os resíduos das indústrias madeireiras precisam ter uma destinação e não podem ficar armazenados nos pátios a céu aberto.
De acordo com o presidente do Simno, Roberto Rios idealizador do movimento, existe uma Lei desde 2010 (Lei 12.305/2010 – Política Nacional de Resíduos Sólidos) que determina a destinação dos resíduos. “Hoje os resíduos estão nos pátios e ao longo do tempo pedimos a vários prefeitos esse terreno, hoje está aqui o prefeito Hermes para doar essa área, assim vamos resolver o problema ambiental e em contrapartida contribuir com a geração de emprego e renda para nosso município, já que os resíduos poderão ser utilizados por alguma termoelétrica na produção de energia”, disse.
O prefeito Hermes Bergamim (PSDB) também vê com bons olhos essa parceria. “Vamos conseguir esse local, o Ministério Público nos pediu e estamos aqui reunidos com o setor no sentido de destinar os resíduos, futuramente, na produção de energia. Já aprovamos o local e caberá aos empresários decidirem se atende à necessidade”, reforçou.
Apesar da boa intenção do alcaide, a doação da área terá que passar pela aprovação da Câmara de Vereadores para ser aprovada. Somente após a confirmação é que os empresários poderão utilizar a área. A presidente da casa de leis, vereadora Ivani Cardoso Dalla Valle (PSB), acredita que a utilização do material por parte de uma termoelétrica é a saída mais viável para e o setor.
“Essa seria a melhor coisa a fazer, sem contar que as próprias indústrias poderiam utilizar essa energia gerada. Acho louvável a iniciativa do Sindicato em provocar essa discussão com a presença do prefeito municipal e em definitivo ter esse terreno para de depositar os resíduos da madeira”, colocou.
O empresário Geraldo Bento, presidente do Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal, explicou que a cobrança por uma área vem se estendendo há anos. “Esse terreno é bem vindo ao setor, essa é uma reivindicação antiga que se arrasta a mais de 10 anos. É o momento certo para definirmos essa situação, não podemos esperar mais, o setor não tem mais espaço para depositar resíduos e poderemos criar um grande caos no futuro se esse resíduo não for destinado de forma sustentável”, observou.
O empresário Marcelo Guermand de Queiroz, da Indústria Guermand, lidava com os resíduos através da queima em seus fornos, tudo com autorização do Ibama, “mas chegou um momento em que o Ibama chegou nos autuou dizendo que não podia mais queimar, então essa proposta do município de doar o terreno é muito boa para a região e vai resolver um problema que todos os madeireiros tem em seus pátios, porque ele sóestá aumentando, não vai se resolver enquanto não encontrar um destino correto para os nossos resíduos”, lembrou.