O Sindicato das Indústrias Madeireiras e Moveleiras do Noroeste de Mato Grosso (Simno) realizou na noite da última quinta-feira (05), sua 8ª assembleia ordinária de 2015 com a abordagem de assuntos de interesse dos associados.
Professores de engenharia florestal da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) estiveram em Juína para mais uma etapa da ‘Carta da Indústria da Região’, que foi elaborada no dia 10 de setembro com os principais anseios e problemas existentes e posteriormente encaminhada aos governos federal e estadual.
De acordo com o Doutor em Engenharia Florestal da UFMT, Zenésio Finger, a parceria foi firmada entre a reitoria e a federação, que convidou os professores a somarem com seus conhecimentos na busca de soluções para uma série de problemas enfrentados pelo setor de base florestal.
“A reitoria da UFMT aceitou o convite da FIEMT e decidiu iniciar essa parceria sólida e apoio direto o sindicato. Vamos começar identificando uma série de problemas que o setor vem enfrentando, ouvindo inicialmente o setor e encontrando os caminhos em conjunto”, disse.
Finger ressaltou que o êxito da ação se dará em razão da própria parceria. “A UFMT não está trazendo uma fórmula mágica, mas vai trabalhar em conjunto com o setor de base florestal no sentido de encontrar a solução para os problemas, dando ideias novas para que ele acompanhe as mudanças que vem ocorrendo no mundo, tornando a atividade permanente, e não passageira. Ele tem que se solidificar, já que é à base da economia de Juína”.
A elaboração da ‘Carta de Juína’ compôs o ‘Diálogo para Integração Industrial’, promovido pelo Conselho Temático de Desenvolvimento Industrial e Regional (Codir) da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (FIEMT). O assessor de meio ambiente do órgão, Álvaro Leite, lembrou que naquele momento ficou certo que o próximo passo dependeria dos especialistas.
“As soluções só sairão em conjunto entre os empresários, as indústrias e os técnicos, mas uma em especial é a questão dos resíduos, precisamos resolver isso de uma forma que gere renda para a indústria, então, certamente esse é um projeto que ano que vem deve trazer alguma novidade para essa questão desagradável que é a destinação correta dos resíduos”, disse.
Além do professor Zenésio Finger, que é Diretor da Faculdade de Engenharia Florestal da UFMT, estiveram em Juína o professor José Afonso Portocarrero, da Faculdade de Arquitetura, professor Aylson Costa, da Faculdade Engenharia Florestal (Tecnologia da Madeira), professor Samuel Carvalho, da Faculdade Engenharia Florestal (Mensuração Florestal) e a professora Aline Regina Piedade, do Escritório de Inovação Tecnológica da UFMT.
O secretário de infraestrutura de Juína, Renato Tozzo, disse que sua pasta possui um caminhão a disposição do setor de base florestal para a retirada dos resíduos, restando apenas à definição de um local para armazená-lo.
“Existe uma demanda que o Simno vem buscando junto a prefeitura de Juína para que possa disponibilizar uma área para o depósito desses resíduos, que incluem serragens e restos de madeiras, só que infelizmente não temos ainda uma área para armazenar esses materiais. As áreas que pertenciam ao município foram vendidas ao longo dos anos, mas estamos vendo outra forma de viabilizar a retirada desses resíduos”, colocou.
O presidente do sindicato, Roberto Rios Lima, ressaltou que a presença da FIEMT e dos profissionais da UFMT é importante para o setor de base florestal. “Nós enfrentamos hoje o problema dos resíduos e acredito que os engenheiros irão conseguir uma saída para esse material, e também analisarão a possibilidade da criação de projetos de manejo florestal em área indígena, já que a maior parte do nosso município pertence aos povos indígenas”.
Rios disse ainda que o setor possui muita madeira curta, abaixo de dois metros e que está fora das medidas de mercado. Na sua visão, será preciso criar produtos que possam utilizar essa madeira, gerando riqueza para nosso estado e município.
Corpo de Bombeiros
A assembleia do sindicato contou ainda com uma equipe de bombeiros militares da 14ª CIBM de Juína, comandada pelo Major Neto. Ele explicou que o objetivo foi esclarecer dúvidas sobre o serviço de segurança contra incêndio e pânico.
“O corpo de bombeiros iniciará suas atividades no início do ano no qual fará vistorias e fiscalizações, como diz a lei. Entre as taxas que explicamos hoje aqui está a TACIN, uma taxa cobrada de todas as empresas onde está instalado o corpo de bombeiros, todas as empresas que tem CNPJ terá que pagar. Falamos também sobre a TASEG, que será cobrada quando solicitada a vistoria”, revelou.
Neto frisou ainda que o foco principal dos bombeiros serão os locais de aglomeração de pessoas, como eventos e casas de shows, mas após isso irá passar para as indústrias, comércios entre outros. “A nossa missão é orientar, não queremos fechar e nem embargar comércio nenhum, daremos prazo para que os proprietários se regularizem e consigam o alvará do corpo de bombeiros”.
Sobre isso, o presidente Roberto Rios disse que o corpo de bombeiros chegou e era uma necessidade, no entanto, as empresas terão um custo alto para implantar esses projetos de combate a incêndios, principalmente a implantação de hidrantes em barracões acima de 750 m².
A assembleia recebeu também o secretário de administração e finanças de Juína, Valdoir Pezzini, gerente do SESI, Sidinei Rossa dentre outros. Foram apresentados os novos associados e os principais assuntos da reunião do CIPEM, FIEMT, apresentado pelo presidente Roberto Rios, além da prestação de contas dos meses de setembro e outubro do sindicato.