A falta de manutenção na MT-183, entre Juína e Aripuanã, poderá comprometer a safra 2016. Preocupado com isso, o presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras e Moveleiras do Noroeste de Mato Grosso (Simno), Roberto Rios Lima, enviou aos Deputados Estaduais Oscar Bezerra (PSB), Janaína Riva (PMDB), Dilmar Dal’Bosco (DEM) e ao Secretário de Infraestrutura de Mato Grosso (Sinfra-MT), Marcelo Duarte Monteiro, ofício expondo a realidade das famílias dessa região do estado.
Ao longo da MT-183 existem 12 planos de manejo florestal sustentável (PMFS), num total aproximadamente 150 mil metros cúbicos de matéria prima. Do montante, 06 projetos em média já foram aprovados pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEMA) e estão aptos a exploração.
A população daquela região, o que inclui os distritos de “Filadélfia e Serra Morena”, depende desses PMFS, que são os responsáveis pelo abastecimento das indústrias madeireiras de Juína e Aripuanã durante toda a safra 2016. Parte dessa madeira será para consumo interno brasileiro e outra destinada a exploração, o que poderá até mesmo interferir no Produto Interno Bruto (PIB).
O presidente do Simno, Roberto Rios, informa no ofício que o escoamento dessa produção depende de rodovias trafegáveis, “e justamente na MT-183 é necessário realizar reparos emergenciais, tanto na estrada, quanto em muitas pontes e bueiros, sob o risco da via ficar totalmente intransitável e comprometer a safra 2016”, disse.
Ele lembra que nos anos de 2013 a 2015, o sindicato, juntamente com o CIPEM e FIEMT, realizou caravanas com o objetivo de identificar os principais entraves que afetam direta ou indiretamente o setor produtivo e uma das principais reclamações foi em relação a falta de manutenção e conservação das estradas, pontes e bueiros.
No passado, foi realizada a manutenção da MT-183, graças à união do setor produtivo (indústria, comércio e sindicato rural) dos municípios de Juína e Aripuanã que fizeram expressiva arrecadação entre seus cooperados, “porém, precisamos do apoio e comprometimento do estado para ações atuais e futuras”, cobrou.
O presidente expõe que a preocupação não é só com a produção e escoamento da safra, mas também com o abastecimento de alimentos, medicamentos e demais insumos básicos à população rural e urbana residente nessa região. Além de causar prejuízos incalculáveis a todos que dependem da mesma para escoar sua produção.
“Faz-se necessária uma resposta imediata, para reverter à situação que se apresenta, e vale lembrar, que esse perímetro já esteve praticamente intransitável em outros períodos chuvosos e nesse ano ainda não recebeu a manutenção preventiva, logo necessita da manutenção corretiva”, destaca trecho do ofício 27/16 de 01 de abril.
Diante da situação, o sindicato solicitou o apoio na viabilização da manutenção corretiva na estrada não pavimentada, pontes de madeira e se possível substituir os bueiros atuais (feitos com tora oca) por tubulação de concreto, em caráter emergencial a fim de viabilizar em tempo hábil a exploração da matéria prima para assegurar a produção, e assim, as indústrias poderem honrar com os compromissos assumidos junto aos seus clientes e fornecedores nos prazos firmados.
Isso vale também para minimizar os custos com constantes manutenções mecânicas nos veículos utilizados para escoar/comercializar a produção, devido a ter que trafegar entre buracos, valetas, atoleiros, pontes em péssimo estado de conservação dentre outros.
Após ser entregue e protocolado, o setor de base florestal da região noroeste de Mato Grosso espera agora o posicionamento das autoridades, para iniciar a safra, reafirmando assim, a parceria entre os partícipes na defesa dos interesses do setor e de toda a população.