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Composto produzido a partir do pó de serra é alternativa econômica na adubação do solo

Data: Segunda-feira, 00/00/0000 00:00
Fonte: Assessoria do SIMNO

O resultado obtido no uso da compostagem produzida por meio da mistura do pó de serra com o rúmem do boi, na melhoria do solo surpreendeu de forma satisfatória. Essa é a avaliação do presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras e Moveleiras do Noroeste de Mato Grosso (Simno), empresário Roberto Rios Lima.

Em uma unidade experimental montada no terreno do sindicato, em Juína, foram plantados vários tipos de hortaliças, como rúcula, agrião, tomate, além da espécie de capim conhecida por Mavuno. Com pouco mais de 20 dias já é possível ver a enorme diferença existente entre os cultivos em solo enriquecido com a compostagem daqueles plantados no solo comum, sem o melhorador.

“Já faz uns três anos que estamos buscando alternativas para destinar corretamente o pó de serragem bem como todo o resíduo do setor de base florestal, e começamos a desenvolver esse trabalho envolvendo a compostagem que pode ser utilizado como melhorador de solo para a nossa região. Aqui no campo experimental alguns testes foram feitos e todos bem sucedidos”, enfatizou.

Roberto ressalta que o objetivo maior do produto seria utilizá-lo nas pastagens, porém, os testes feitos com as hortaliças destacam o sucesso do composto que poderá ser uma saída mais econômica para o adubo, seja em hortas ou mesmo em lavouras, como a soja, por exemplo.

Após o experimento, a ideia agora é partir para a produção em grande escala. “Vamos plantar pelo menos um hectare de capim, hortaliça em campos maiores com acompanhamento dos técnicos que estão nos auxiliando nesse projeto”, frisou.

A vereadora Ivani Cardoso Dalla Valle (PSB), presidente da Câmara de Vereadores, visitou a unidade experimental e ficou surpresa com o progresso do melhorador de solo. Ela foi uma das parlamentares que apoiou a iniciativa do sindicato, quando propôs desenvolver a compostagem.

“Para nós é um prazer muito grande participar desse projeto e estar presente no desenvolvimento do município, acredito que através deste insumo será possível produzir, além do melhoramento de pastagens, diversas outras finalidades, mas eu vejo principalmente na agricultura familiar e no desenvolvimento de hortas comunitárias nos municípios”, comentou.

O "Projeto de Compostagem de Serragem pela adição de consórcio Bacteriano" está sendo aferido pelo Engenheiro Agrônomo Tássio Souza Fernandes em parceria com o Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), Campus Juína, e tem o apoio do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira de Mato Grosso (CIPEM) e Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (FIEMT).