Assistir à aproximação de uma das maiores manifestações culturais do Brasil, o Carnaval – em tempos de uma severa crise econômica e uma realidade que coloca o brasileiro temeroso em relação ao seu futuro – é como um congelar das preocupações por uns poucos dias de alegria em que o País tem os holofotes do mundo voltados à sua forma de celebrar a perseverança deste povo. Mais do que isso, o mesmo olhar internacional tem neste período festivo a possibilidade de avaliar nosso jeito de fazer as coisas e, nós, povo brasileiro, orgulhar-nos de quem somos e do que temos.
Os desfiles das escolas de samba, seus enredos e a criatividade em fantasias enchem os olhos, mas ao mesmo tempo, despertam para a realidade de cada tema abordado. Sendo esta uma oportunidade de mais uma vez divulgarmos nosso País e suas boas iniciativas, neste ano estamos à frente de um questionamento em relação às práticas de produção de alimentos que nos colocaram nos maiores rankings mundiais e posicionam o Brasil como um dos principais responsáveis pelo cultivo sustentável da comida que alimenta boa parte do planeta.
Nossa preocupação refere-se ao tema relacionado à atividade agropecuária em que a Escola de Samba Imperatriz Leopoldinense irá abordar no seu samba-enredo deste ano, cujo tema é “Xingu, o Clamor da Floresta”.
Integramos o sistema produtivo deste País e não podemos deixar de defender aqueles que produzem de forma legal e sustentável.
Afinal, segundo dados da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja MT), somos o único País com 61% das espécies nativas preservadas em propriedades privadas, terras indígenas, unidades de conservação da biodiversidade, Áreas de Preservação Permanente e Reserva Legal. Somente 27,7% do território brasileiro é destinado à agropecuária. O Agro brasileiro é obediente a uma das mais severas e rigorosas legislações sociais e ambientais do mundo.
Os nobres são reconhecidos em momentos de crise. Assim percebemos a iniciativa do jornalista Fábio Mesacazza que, em abordagem inteligente e coerente, deu a resposta de Mato Grosso ao que se aproxima. Creditamos a seu trabalho: coragem, profissionalismo e expertise em cada palavra que com contundência deixou claro quem realmente é este sistema produtivo, reverberando assim em nível nacional nossa inovação rumo ao futuro do fornecimento de alimentos ao mundo. Ao jornalista, nossa gratidão, apoio e admiração.
Aos nossos pares, nosso irrestrito apoio e expressão de orgulho por compartilharmos dos mesmos objetivos de preservação e produção com sustentabilidade.
Sindicato das Indústrias Madeireiras e Moveleiras do Noroeste de Mato Grosso - Simno