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Simno vai a Castanheira e aponta prejuízos com balança do Dnit

Data: Quinta-feira, 06/02/2020 16:16
Fonte: Assessoria do SIMNO

A balança do Dnit que foi implantada no começo do mês de janeiro no município de Castanheira, em Mato Grosso, tem preocupado autoridades e produtores da região noroeste do estado e também o Sindicato das Indústrias Madeireiras e Moveleiras, o SIMNO.

E nessa quarta-feira (05) representantes do sindicato foram mais uma vez acompanhar os trabalhos de pesagem dos veículos feito pelo departamento, trabalho esse que tem trazido muita preocupação para o setor.

“Nós temos que vir acompanhar esse tipo de ação, justamente para ver se está dentro das normas técnicas estabelecidas por lei. Temos o conhecimento que a portaria estabelece um peso para o tráfego na BR, o que nos deixa preocupados quanto a isso, por que a preocupação do sindicato é que se estabeleça o peso de carga seja conforme a lei estabelece e não restringir para 48,5 toneladas para todos os modelos de caminhão. Essa preocupação vem de encontro por que temos muitos associados em base longe daqui, acaba deixando que os investimentos que os empreendedores das indústrias tiveram com seus transportes, sejam eles bitrem ou de nove eixos fiquem restritos para trafegarem e prejudiquem o escoamento de sua produção”. – explicou o representante do SIMNO, Evaldo Oestreich Filho.

Desde a implantação da balança pelo Dnit, houve muitos impactos com as muitas mudanças que tiveram que acontecer, tanto no tipo de eixo dos caminhões quanto no peso das cargas na BR.

“Tivemos bastante impacto na escoação, não só da produção de madeira, mas também de todo setor produtivo, seja no escoamento da pecuária, da soja e até de combustível, o que está gerando preocupação não só para o sindicato das indústrias madeireiras, mas para todo o setor produtivo”.

O próprio inspetor da PRF revelou que pelo menos 30% do movimento de veículos que havia na região diminuiu consideravelmente depois que a balança foi instalada e com a presença da Polícia Rodoviária Federal, o que causou grande impacto para a região.

“Queremos deixar claro que não somos contra esse tipo de ação, e que é sempre bem-vinda, mas desde que atendam as normas e legislações estabelecidas pela legislação obedecendo o que confere para cada porte de cada caminhão, e que as inspeções sejam feitas da forma ideal, como é o caso de volumetria de uma carga. Para nós do sindicato seria importante que profissionais da secretaria de meio ambiente estejam presentes, por que eles são mais aptos para fazer esse tipo de ação”.

O Dnit alega que em relação a instalação da balança para o controle de peso dos veículos em Castanheira, a mesma teria o objetivo de preservar as condições trafegáveis da BR-174, objetivo que é contestado pelo setor produtivo.

“Ao longo de muitos anos sempre tivemos esse tipo de problema, seja nas condições do tráfego com buracos e atoleiros e também nas estruturas das pontes. Essa alegação de que as pontes estão degradadas somente pelo excesso de carga é inaceitável, pois as manutenções delas são eles (Dnit) que o fazem, então é primordial conhecer quais foram as espécies de madeiras utilizadas para essas manutenções ocorridas em licitações anteriores e expor todo embasamento técnico que alegam ter em mãos” Argumentou o diretor do sindicato.

Sobre o andamento da reinvindicação da revogação da portaria que autorizou a instalação da balança na região, ele adiantou que: “Nós estamos fazendo umas ações políticas em conjunto com o Centro das indústrias produtoras e exportadoras de madeira (CIPEM), Fiemt, Fórum Nacional das Atividades do Setor de Base Florestal, tentando procurar meios para conseguir contorna esse tipo de ação”.

Durante a reportagem um caminhão foi parado por fiscais da PRF no local e o tipo de fiscalização que foi realizada pelo Dnit, segundo Evaldo, não seria a forma adequada.

“Segundo um dos agentes da PRF existe um excesso de volumetria, porém ao questioná-lo a respeito de como foram feitos os procedimentos, deu para verificar que não é a forma ideal uma vez que ele mediu a carroceria e teve um desconto de 30%. Nesse tipo de caso, seria essencial a presença de um fiscal do meio ambiente, que faça a mensuração correta de acordo com os procedimentos técnicos. Nós deslocamos de Juína até aqui por que sabemos que é de uma empresa que sempre buscou atuar de forma correta, que sempre fez a sua pesagem e medições corretas e ao deparar que teve este tipo de irregularidade nos causou um espanto justamente por ter esse tipo e auto de infração em cargas destinadas para exportação. Se é necessário medir o volume, que se faça, mas que seja da forma correta”– salientou.