Teve início no último dia 10 de Maio as discussões em torno da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) para o exercício 2013/2015. A reunião foi realizada na sede do Sindicato das Indústrias Madeireiras e Moveleiras do Noroeste de Mato Grosso (Simno) e contou com a presença de representantes dos sindicatos patronal e laboral.
Mesmo sem repassar aumento nenhum em seus produtos há mais de três anos, as indústrias da base florestal tem conseguido ofertar aumento à seus trabalhadores. No ano de 2012 os enquadrados nos pisos da categoria receberam aumento de 15%. Esses números revelam aumento significativo dos valores, que mesmo após aumento do salário mínimo, no nível 1 o valor ficou bem acima da média.
Nesse ano de 2013 o sindicato laboral pede novo aumento expressivo, cerca de 15%, e em nova proposta ao final da reunião 10%, porém o que se vê ao longo dos anos é que as empresas não têm condições de acumular um aumento além dos 6,5% (seis e meio) por cento ofertados.
As indústrias vivem engessadas, sendo obrigadas a aceitar aumentos como salário, combustível, pauta da madeira, além da burocracia dos órgãos e a demora excessiva na aprovação de projetos de manejo.
Tudo isso reflete negativamente na produção e comercialização obrigando a maioria das empresas a fechar no vermelho, e isso ocorrendo todos os anos acaba por financiar o fechamento de várias indústrias, a exemplo do que vêm ocorrendo com empresas em Cotriguaçú, Juína, Brasnorte e Colniza.
O reajuste oferecido pelo Simno leva em conta a atual situação que o setor enfrenta como mercado desaquecido, indústrias com dificuldades em vender seus produtos e também deve ser levado em consideração o cenário nacional, queda no crescimento do país, contudo, o aumento ofertado é bom para ambas às partes.
Para o presidente do sindicato Patronal, Roberto Rios, é importante “ter o funcionário bem remunerado e as empresas em plena atividade, porém, no momento deve ser levado em consideração a garantia do emprego isso conciliado a sobrevivência das indústrias”.